O
Parque do Cocó é alvo de mais um projeto que promete gerar
polêmica. Sendo personagem de discussões mais acaloradas em todas
as esferas legislativas do Ceará, como a sua demarcação que se
arrasta por anos, a intenção do Governo do Estado de construir uma
ponte estaiada que cortaria sua área verde, com a premissa de
desafogar o trânsito da Avenida Washington Soares e adjacências,
vem incentivando opiniões diversas entre políticos, docentes e
integrantes de entidades civis. O que todos concordam é que um
equipamento como este, construído e projetado de forma correta, pode
tornar-se um importante aliado tanto na conjuntura urbanística e
paisagística como, inclusive, no âmbito turístico. A grande
maioria dos técnicos das áreas de engenharia e especialistas
ambientais não refuta a construção de uma das peças estruturais
mais modernas da atualidade. Entretanto, o local onde a ponte
estaiada deverá ser construída é que causa certo desconforto
aqueles que têm o Parque do Cocó como uma das principais áreas
verdes do Ceará. Em princípio, o empreendimento ficará no começo
da Cidade 2000, na altura da Rua Magistrado Pompeu, que começa na
Avenida Padre Antônio Tomás. De acordo com a Secretaria de
Infraestrutura do Estado (Seinfra), a obra, que deverá ter custo de
cerca de R$ 300 milhões, tem como objetivo expandir o sistema viário
de ligação às Zonas Norte/Leste e Leste/Sul, através da
construção da Ponte sobre o rio Cocó. Além da via suspensa, o
projeto ainda incorpora a construção do Mirante de Fortaleza,
equipamento que possibilitará uma visão panorâmica da cidade, com
restaurante, galeria de arte e lojas. No último dia 11 de abril, foi
aprovado o Parecer Técnico da Superintendência Estadual do Meio
Ambiente (Semace) referente à análise do Estudo de Impacto
Ambiental e respectivo Relatório (EIA/Rima) do sistema de interseção
e acessos de vias urbanas à CE 040. A votação ocorreu na 217ª
Reunião Ordinária do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema).
Conforme estudos feitos pelo consórcio OAS/Marquise, ao custo de R$
6 milhões, a ponte estaiada deverá ter 850 metros de comprimento e
terá como suporte dois mastros, separados por 500 metros, sendo a
melhor saída estrutural para a minimização dos efeitos negativos
impostos à biodiversidade do Rio do Cocó. Em O ESTADO VERDE/
Fortaleza
Postado por : Yuri Camelo Ribeiro, nº23967
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