segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Problema Global

 
A concentração de dióxido de carbono (CO2), o principal gás com efeito estufa implicado nas alterações climáticas, bateu ontem novo recorde histórico.
 
Pela primeira vez as medições diárias no Havai registaram a marca de 400 ppm (partes por milhão) - em cada milhão de moléculas de ar, 400 são de CO2. Um nível que, segundo os cientistas, só existiu antes na Terra entre há três e seis milhões, quando a temperatura média do planeta era consideravelmente mais alta do que agora, e ainda faltava muito para surgir o Homo sapiens.
 
As medições de CO2 no Havai, no topo do vulcão Mauna Loa, são feitas desde 1958. O valor médio registado nesse ano foi de 315 ppm. Mas desde então, a concentração aumentou e após 55 anos chegou ao 400 ppm.
 
O aumento do CO2 na atmosfera decorre das emissões causadas pela queima dos combustíveis fósseis (petróleo e carvão) para a produção energética, atividades industriais e transportes. Resta saber se o problema das alterações climáticas voltará a ser prioritário para os decisores mundiais.         
 
     Porque o efeito de estufa não é apenas um problema dos outros considerei bastante relevante deixar aqui uma nota quanto ao facto da concentração atmosférica de CO2 ter atingido, muito recentemente, um recorde histórico.
    O efeito de estufa gerado pela emissão de gases poluentes pode provocar diversas consequências negativas ao meio ambiente, pelo que deve ser uma preocupação constante de todos nós. O clima, a vegetação, a fauna e os ecossistemas são dos elementos naturais mais afectados pelo aumento de temperatura provocado por este processo, pelo que é necessário tomar medidas eficazes no controlo da propagação desproporcionada destes gases. 
 
     Esta concentração excessiva não é, de todo, inconsequente. Pelo contrário pode dar origem a situações como o derretimento dos calotes polares, a intensificação do processo de desertificação de algumas zonas do Planeta e pode ainda potenciar a ocorrência de fenómenos ambientais como, por exemplo, furacões, tempestades, secas ou enchentes em determinadas regiões, que colocarão em causa a subsistência de muitos ecossistemas.
     Neste sentido é necessário que todos tenhamos a plena noção de que este é um fenómeno global (mais potenciado por uns, é verdade, mas no qual não há inocentes) e que a emissão excessiva de gases nocivos para a atmosfera trará, igualmente, consequências para todos de forma geral e, como tal, deve ser um assunto prioritário ao nível das decisões mundiais, a curto prazo.
     De referir ainda que na nossa ordem jurídica vigoram vários diplomas cujo intuito principal será o controlo das emissões de gases poluentes, destacando o DL nº 173/2008, de 26 de Agosto, relativo à prevenção e controlo integrado da poluição em instalações nas quais são desenvolvidas actividades que, pela sua própria natureza, são susceptíveis de causar danos ao ambiente, por ter sido objecto de estudo em aulas anteriores.

Filipa Santos, nº 19603

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